Cabine de Segurança Biológica (CSB), também conhecida como Cabine de Biossegurança ou Câmara de Biossegurança, é um equipamento de biossegurança ideal para prevenir, minimizar e eliminar riscos laboratoriais. A Cabine de Fluxo Laminar conta com design, tecnologia de movimentação de ar que protege o operador, o produto manipulado e o ambiente externo e interno de contaminação.
O operador é protegido da contaminação através da cortina de ar frontal da cabine, por meio do visor frontal tipo guilhotina (sobe e desce), inclinado para melhor ergonomia e conforto do operador, articulável, permitindo a limpeza do visor no lado interno do equipamento e acesso à porta de manutenção dos filtros absolutos.
O produto, por sua vez, é preservado da contaminação externa, já que contém um filtro absoluto, tipo HEPA. A somatória do fluxo de ar interno e externo é expelido através de outro filtro HEPA. Evitando, assim, a contaminação do laboratório e do meio ambiente externo.
A Cabine de Segurança Biológica Bioflux - Solufil pode ser fabricada em aço galvanizado, com pintura eletrostática ou em aço inoxidável AISI 304, polido e acabamento padrão sanitário.
O equipamento possui suporte Trolley com rodízios traváveis ou pés com vibra stop que absorvem e amortecem a vibração externa e interna na área de trabalho. Possuem moto-ventiladores, direct drive, sem correias e polias, com baixo nível de ruído (máximo de 55 dBA a 1.0m do equipamento), baixo nível de vibração e alta confiabilidade. Os equipamentos Bioflux – Solufil contam, também, com painel de membrana, que monitora o diferencial de pressão dos filtros HEPA.
Além disso, podem conter alguns acessórios como: lâmpada ultravioleta (eficaz para eliminar risco de contaminação provocados por bactérias e fungos),
entrada para bico de gás, entrada para ar comprimido, tomadas auxiliares, dreno, e mesa de contenção removível com capacidade de até 9 litros de derramamento de líquidos (em alguns modelos, a capacidade é de 8 litros).
Buscando garantir a máxima confiabilidade de segurança e eficácia do equipamento, os produtos da Solufil, passam por inúmeros testes, através instrumentos que medem qualquer tipo de vazamento no filtro e na cabine, instrumentos calibrados que fazem também a contagem eletrônica de partículas a laser. Cabe salientar, que as Cabines são produzidas conforme normas internacionais, como a norma americana, NSF 49 (National Sanitation Foundation).
Importante salientar que, para uma contenção primária adequada dentro dos laboratórios químicos, é essencial diferenciar qual tipo de equipamento deve ser usado para reduzir ou eliminar os riscos de contaminação: Cabine de Fluxo de Ar Laminar ou Cabine CSB.
Cabine de Fluxo de Ar Laminar é utilizada dentro de laboratórios de microbiologia para promover a recirculação de 100% do ar, assegurando a proteção do produto manipulado, que não pode sofrer com a contaminação do ambiente externo.
Já Cabine CSB Classe I ou Classe II, garante uma proteção mais abrangente, já que é um equipamento utilizado para renovar 100% do ar, dentro dos laboratórios de microbiologia, e promover a proteção do produto, do operador e do ambiente externo e interno.
A Cabine de Segurança Biológica Modelo Bioflux - Solufil pode ser fornecida em tamanhos diferentes e em classes diferentes. As classificações são feitas de acordo com o nível de segurança biológica.
Segue a explanação sobre algumas das classificações:
Classe II tipo A 1:
São cabines de fluxo laminar vertical, funcionam com a recirculação (e reutilização) parcial do ar, ou seja, recirculam 70% e exaurem 30% do ar filtrado para o laboratório. Equipado com dois filtros HEPA, um para recirculação e outro para exaustão.
Essa classificação de cabine é projetada para manipulação de materiais de risco moderado, produtos ou amostras com risco biológico. Não é recomendada para trabalho com voláteis. Esse tipo de equipamento impede que haja contaminação por agentes externos, tendo como função principal proteger tanto o operador quanto o meio ambiente.
Classe II tipo A 2:
São cabines constituídas por dois Filtros HEPA, esse modelo promove a recirculação de 70% do ar e a renovação de 30%, utilizando para cada técnica um filtro diferente. O ar filtrado é despejado e conduzido para a área externa do ambiente por meio de um sistema de duto instalado do equipamento. A Cabine Classe II tipo A2 possui fluxo de ar vertical e uniforme que garante velocidade constante do ar;
O equipamento está totalmente em pressão negativa evitando a fuga do ar contaminado para o laboratório;
Classe II tipo B 2:
São cabines de segurança biológica com fluxo laminar horizontal, onde 100% do ar que circula dentro do aparelho é renovado constantemente.
É a classe de máxima segurança biológica. Usada em indústrias farmacêuticas na área de microbiologia, institutos de pesquisa, indústrias farmacêuticas que desenvolvem vacinas e trabalham com materiais patogênicos ou matérias que possam contaminar o operador ou o meio ambiente, exemplo o Corona Vírus ou tuberculose. Esse tipo de equipamento é usado também em clínicas oncológicas, onde se mistura ao soro, produtos usados para quimioterapia que podem contaminar o operador e o laboratório. A Cabine de Segurança Biológica é usada para manipulação desses medicamentos quimioterápicos.
Classe III:
São cabines que oferecem o mais alto nível de proteção do operador, produto e do meio ambiente.
Projetado para um nível absoluto de contenção, é frequentemente usado para trabalhos envolvendo os perigos biológicos mais mortíferos como bactérias, vírus e microrganismos, em suma, agentes biológicos do grupo de risco 4.
O ar expelido da cabine passa por um sistema de filtração com 2 filtros HEPA e atua com pressão negativa, ou seja, nenhum ar sai da cabine a não ser pelo sistema de filtragem. A manipulação na CBS Classe III costuma ser realizada com luvas grossas de borracha presas a mangas na parte frontal da cabine, sendo essa totalmente vedada.
Vale destacar que a Cabine Classe II B2 tem ganhado cada vez mais evidência no ambiente de pesquisa cientifica, por ser utilizada no trabalho de material genético de agentes virais, como o Covid 19 (SARS-CoV-2). A pesquisa em torno da vacina do Corona Vírus, exige alto grau de segurança já que a manipulação de microrganismos patogênicos apresenta alto risco de contaminação e transmissibilidade. Portanto, a CSB II B2 está no rol taxativo de equipamentos de biossegurança, além da adoção de equipamentos de EPI’s adequados.
O Técnico em Análises Clínicas realiza testes moleculares para identificação do material genético do vírus ou os testes sorológicos para a detecção de anticorpos específicos. O técnico também pode atuar na produção dos kits diagnósticos e em pesquisas científicas, aplicando os conhecimentos de Biologia Molecular e Imunologia que estão relacionados com o contexto do novo coronavírus. Para essas análises, deve ser usada uma Cabine de Segurança Biológica Classe II de qualidade que garanta proteção suficiente para o produto, o operador e o ambiente externo e interno.
Além disso, o operador do laboratório de microbiologia deve ter conhecimento técnico apurado de biossegurança. A contaminação do vírus pode ocorrer por via oral, nasal, cutânea ou ocular. O acentuado controle de contaminação do ar é essencial para garantir bons resultados nas pesquisas realizadas.
A área de Biossegurança é uma área de conhecimento, cujo tema é alvo de estudo desde 1990 pela Fiocruz.
Ela assume um papel de extrema importância para os profissionais de saúde que cumprem um papel crítico na identificação, notificação e gerenciamento de possíveis casos de Covid-19.
Além dos profissionais que estão à frente das pesquisas. Por isso a importância de uma proteção completa seja com EPI’s e EPC’s, pois caso não seja tomada as devidas precauções no manuseamento de amostras, o operador não está imune a contaminações, dificultando os avanços nas pesquisas.
Sabemos que controle de filtragem de contaminação do ar é requisito obrigatório para laboratórios de microbiologia. Assim, a manutenção e limpeza do equipamento, antes e no final do manuseio do produto, são igualmente importantes na preservação do ar limpo, para eliminar quaisquer tipos de substâncias químicas voláteis e infecciosas.
Cabe a ressalva que descontaminação e desinfecção são processos distintos. Descontaminação é a redução de microrganismos e agentes químicos em superfícies. Por sua vez, desinfecção é o procedimento utilizado em agentes contaminados com matéria orgânica (sangue, pus, secreções corpóreas), que elimina microrganismos patogênicos na forma vegetativa.
A esterilização destrói todas as formas de vida microbiana, tanto vegetativa quanto esporulada, mediante a aplicação de agentes químicos (desinfetantes) ou físicos.
Cuidados pré utilização da Cabine de Segurança Biológica Classe II:
1.Deve-se limpar a cabine com gaze estéril embebida em álcool etílico ou isopropílico a 70%
2. Todos os recipientes e materiais devem ser manipulados com cuidado para não encostar as mãos nas aberturas e dentro de tampas e em tampões. Outra coisa importante é não passar com a mão sobre frascos abertos, para evitar cair partículas e consequentemente contaminações dentro destes frascos.
3. Ligar a lâmpada UV, que possui alta atividade germicida, eliminando bactérias, vírus e fungos.
4. Realizar o procedimento por aproximadamente 10 a 15 minutos
Cuidados pós utilização da Cabine de Segurança Biológica Classe II
Esse procedimento é realizado quando filtro HEPA é trocado ou quando agentes de risco biológico são derramados no interior da cabine:
1.Deve-se limpar a cabine com gaze estéril embebida em álcool etílico ou isopropílico a 70%
2.Fazer a descontaminação com formalina fervente, aquecimento de paraformaldeído (10,5 g/m3) ou mistura de formalina ou paraformaldeído e água com permanganato de potássio (35 ml de formalina e 7,5 g de permanganato de potássio ou 4 g de paraformaldeído e 8 g de permanganato).
3. Deixar a cabine ligada de 10 a 15 minutos, antes de desligá-la
CSB Classe II deve ser limpa antes do início das atividades, após o término do trabalho e após acidentes envolvendo derramamento e respingos de medicamento. Quando ocorrer acidente, todos os itens de dentro da cabine devem ser removidos para promover a limpeza.
Caso a cabine CSB funcione continuamente por 24 horas, além da limpeza habitual, devem ser limpas duas a três vezes ao dia com intervalos regulares.
Se a Cabine de Segurança Biológica Classe II for desligada após ter sido feito o procedimento asséptico para manutenção, término das atividades ou por outros motivos, ao religá-la deve-se esperar 30 minutos para que o fluxo de ar unidirecional na área de trabalho seja estabilizado, para então realizar novo procedimento de limpeza e desinfecção.
Cabe observar que o tempo ideal para que o fluxo de ar na cabine seja estabilizado irá depender do modelo, do desempenho ou da validação da cabine.
Além disso, vale lembrar a utilização de EPI’s adequados e limpeza dos objetos antes de introduzi-los na cabine. Não é obrigatório o uso de luvas de procedimento para o uso da cabine biológica, sendo este condicionado ao tipo de manipulação e procedimento que serão realizados. Independente do uso ou não de luvas, o operador deve sempre atentar para a ‘esterilidade’ de suas mãos.
Ademais, além dos cuidados de esterilização da cabine, importante a cautela com relação às lâmpadas de luz ultravioleta presentes nas cabines. A lâmpada deve ficar acesa de 15 a 30 minutos apenas. É preciso ter uma planilha para anotação acumulativa das horas utilizadas, pois, este tipo de lâmpada possui um período de vida útil e após este tempo não tem mais o mesmo poder de ação esterilizante.
Também não se deve olhar diretamente para a luz ultravioleta e nem usar a cabine com ela acessa, pois ela pode queimar a pele e córnea, sendo recomendado que quando esta luz estiver acesa evitar ficar por perto.
Em 2002, foi criada a Comissão de Biossegurança em Saúde, no âmbito do Ministério da Saúde, com o objetivo de traçar diretrizes que definem os requisitos mínimos necessários ao trabalho seguro com material biológico em ambiente de contenção. Aplicam-se à execução dos procedimentos de segurança, em contenção em laboratório, na manipulação de materiais biológicos, que contenham ou possam conter agentes biológicos com potencial patogênico. Essa Comissão vem trabalhando com o objetivo de definir estratégias de atuação, avaliação e acompanhamento das ações ligadas à Biossegurança no âmbito de sua competência.
É elementar proporcionar um ambiente estéril para manipulação de substâncias tóxicas, voláteis e infecciosas. Além da exímia qualidade da Cabine de Segurança Biológica Modelo Bioflux - Solufil, sua grande vantagem em relação a outros fabricantes é a existência do vidro lateral temperado transparente, que possibilita o monitoramento do trabalho do operador, sem precisar se expor ao risco da proximidade do processo ou procedimento executado. Facilitando, assim, a utilização em aulas de universidades para trabalhos de iniciação cientifica e laboratórios.
Logo, se você busca qualidade, confiabilidade, segurança e tecnologia, os modelos Bioflux da Solufil são ideais para seu negócio.
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